domingo, 31 de julho de 2016

TESES EQUIVOCADAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS



Três Teses equivocadas
sobre os Direitos Humanos
Oscar Vilhena Vieira  
Direitos humanos, direito de bandido?  
É muito comum encontrar pessoas que associam os direitos humanos com a defesa do crime ou ao menos dos criminosos. Esta associação não é fundada num simples equívoco, pois como os criminosos também são humanos, eles têm direitos. Se houve algo de revolucionário trazido pela Declaração Uni­versal de 1948, foi a idéia de universalidade dos direitos. Por universalidade entenda-se a proposição de que todas as pessoas. independentemente de sua condição racial. econômica, social, ou mesmo criminal, são sujeitos aos direitos humanos. Neste sentido bandidos também têm direitos humanos.
A afirmação. no entanto, é falaciosa, quando busca forjar a idéia de que o movimento de direitos humanos apenas se preo­cupa com o direito dos presos e suspeitos, desprezando os direi­tos dos demais membros da comunidade.
Esta falácia começou a ser difundida no Brasil, no inicio dos anos oitenta, por intermédio de programas de rádio e tablóides policiais. Como os novos responsáveis pelo combate à crimina­lidade no início da transição para a democracia haviam sido fortes críticos da violência e do arbítrio perpetrado pelo Estado. houve uma forte campanha articulada pelos que haviam patro­cinado a tortura e os desaparecimentos. para deslegitimar os novos governantes que buscavam reformar as instituições e pôr fim á práticas violentas e arbitrárias por parte dos órgãos de segurança. Era fundamental para os conservadores demonstrar que as novas lideranças democráticas não tinham nenhuma condição de conter a criminalidade e que somente eles eram capazes de impor ordem á sociedade. Mais cio que isso, os con­servadores jamais toleraram a idéia de que os direitos deveriam ser estendidos ás classes populares de que, qualquer pessoa, independentemente de sua etnia, gênero, condição social ou mesmo condição de suspeito ou condenado, deveria ser respei­tada como sujeitos de direitos.
Outro objetivo desse discurso contrário aos direitos huma­nos, não apenas no Brasil, foi, e ainda é, buscar criar um conflito dentro das camadas menos privilegiadas da população, eximindo as elites de qualquer responsabilidade em relação à criminalidade. Ao vilanizar os que comentem um crime, como se tosse um ato estritamente voluntário, dissociado de fatores sociais, como desigualdade. fragilidade das agências de aplicação da lei, desemprego ou falta de estrutura urbana, jogam a população vítima da violência apenas contra o criminoso, ficando as dites isentas de responsabilidades, pela exclusão social ou pela omissão do Estado, que impulsiona a criminalidade. Nesse contexto, associar a luta pelos direitos humanos à defesa de bandidos foi uma forma de buscar manter os padrões de violência perpetrados pelo Estado contra os negros e os pobres, criminosos ou não..
E evidente que, ao se contrapor a toda a forma de exclusão e (opressão, o movimento de direitos humanos não poderia deixar de incluir na sua agenda a defesa da dignidade daqueles que se encontram envolvidos com o sistema de justiça criminal. Isto não significa. porém, que o movimento de direitos humanos tenha se colocado, a qualquer momento, a favor do crime; aliás a luta contra a impunidade tem sido uma das principais bandei­ras dos militantes de direitos humanos. No entanto, esta luta deve estar pautada em critérios éticos e jurídicos, estabelecidos pelos instrumentos de direitos humanos e pela Constituição, pois toda vez que o Estado abandona os parâmetros da legalidade, ele passa a se confundir com o próprio criminoso, sob o pretexto de combatê-lo. E não há pior forma de crime do que aquele organizado pelo Estado.
Por fim, é fundamental que se diga que o movimento pelos direitos humanos tem uma agenda bastante mais ampla do que a questão dos direitos dos presos e dos suspeitos. Não seria Incorreto dizer que hoje a maior parte das organizações que advogam pelos direitos humanos estão preocupadas primordialmente com outras questões, como o racismo, a exclusão social, o trabalho infantil, a educação, o acesso à terra ou à moradia, o direito à saúde, a questão da desigualdade de gênero etc. O que há de comum corre todas essas demandas é a defesa dos grupos mais vulneráveis. Embora os direitos humanos sejam direitos de todos, é natural que as organizações não governamentais se dediquem à proteção daqueles que se encontram em posição de maior fragilidade dentro de uma sociedade.
 

Direitos humanos dificultam o trabalho das polícias

 
Durante muito tempo acreditou-se que havia uma incompa­tibilidade entre direitos humanos e segurança pública. E evi­dente que as diversas garantias atribuídas aos suspeitos e aos réus em um processo judicial tornam mais onerosos o trabalho daqueles que tem por missão responsabilizar os criminosos. A investigação tem que ser mais criteriosa, as provas têm que ser colhidas cuidadosamente, as prisões só devem ser feitas com ordem judicial ou em flagrante delito, ao réu deve ser garantida a ampla defesa, o policiamento tem que se pautar em regras determinadas, tendo como limite as diversas liberdades dos cidadãos. Tudo isto sob o escrutínio judicial. Estas restrições, no entanto, paradoxalmente podem favorecer um sistema de segurança pública eficiente.
O trabalho da polícia está fundamentalmente estruturado em duas atividades: prevenção e repressão. Para que ambas as ativi­dades possam ser minimamente eficazes, as polícias dependem de uma mesma coisa: informação.
Por mais que os meios tecnológicos venham auxiliando o trabalho das polícias, o que verdadeiramente favorece a anteci­pação da atividade criminosa é a boa informação. Informação confiável e rapidamente transmitida àqueles que têm poder para tomar decisões é o instrumento mais eficaz à prevenção policial da criminalidade.
Da mesma forma, sem informação fidedigna, a policia difi­cilmente inicia qualquer investigação Sem que alguém tenha visto uma pessoa rondando uma casa e esteja disposta a dizer isso à polícia, de nada servem computadores, rádios ou perícia técnica. Esses instrumentos só entram em campo quando há alguma forma de suspeita, o que se dá por intermédio de infor­mação. Boa informação.
De que forma as polícias podem ter acesso a esse elemento tão precioso na realização do seu trabalho? Um primeiro modo é por intermédio da coerção ou da extorsão: tortura, vio­lência, ameaça, ou dos famosos gansos, que são criminosos que vendem informações para as polícias. Estas informações, além de imoralmente conseguidas, normalmente são de baixa quali­dade, pois as pessoas sob coerção tendem a falar aquilo que o algoz quer e não necessariamente a verdade. Por outro lado, a informação vinda de criminosos depende da garantia de que os mesmos permanecerão impunes.
Uma segunda maneira de se obterem informações é a voluntariedade. Quando a população confia em sua polícia, esta é procurada por quem tem alguma suspeita, ou por alguém que testemunhou algo e quer contribuir numa investigação. Quando a população teme ou desconfia da polícia, especialmente a população mais vulnerável, ocorre uma ruptura no fluxo de informações e consequentemente uma redução da eficácia policial.
Para que a população confie na polícia é necessário que esta respeite a população, e os termos desse respeito são dados pelas regras de direitos humanos e pelo padrão de honestidade dos policiais. Quando se sabe que a polícia viola sistematicamente os direitos de jovens, de negros e da população mais carente em geral, dificilmente esta irá confiar na policia, quando forem vítimas, testemunhas e mesmo portadoras de alguma informação relevante para coibir o crime. Quando a policia é desonesta, também fica a população temerosa de fornecer qualquer infor­mação que pode lhe colocar em risco no futuro.
A percepção por parte da população de que a policia respeita os direitos humanos, é honesta e trata as pessoas de forma justa é indispensável na construção de boas relações com a comunidade, sem o que não há bom fluxo de informações. Destaque-se que não há polícia eficiente em qualquer lugar do mundo que não seja respeitadora dos direitos humanos. Nesse sentido os direitos humanos ao invés de constituírem uma barreira á eficiência policial, oferecem a possibilidade para que o aparato de segurança se legitime face a população e consequentemente aumente a sua eficiência, seja na prevenção, seja na apuração de responsabilidades por atos criminosos.
 

Direitos humanos ameaçam nossa soberania

 
Não é incomum ouvirmos por parte de autoridades e de seg­mentos mais nacionalistas da população a queixa de que, a ação do movimento de direitos humanos é parte de uma cons­piração internacional voltada a limitar nossa soberania; de que a Anistia Internacional, ou outras entidades internacionais de defesa dos direitos humanos, não dispõem de qualquer legiti­midade para monitorar a atuação de nossas autoridades em relação as suas práticas no que se refere aos nossos cidadãos; de que essa é uma questão que só diz respeito ao Brasil, não devendo o Brasil ficar exposto internacionalmente.
Não é impróprio lembrar que o movimento de direitos huma­nos surge a partir da Segunda Guerra Mundial, que teve como produto a morte de mais de 45 milhões de pessoas. Um dos aspectos mais perversos dessa catástrofe humanitária é que a maioria das vítimas foi morta pelos seus próprios Estados. Foram alemães mortos pela Alemanha, Russos mortos pela Rússia. Evi­dente que esses nacionais exterminados pelo aparato bélico e de segurança de seus Estados eram discriminados, em face de suas religiões, etnias ou posições políticas. O fato é que isso demons­trou que os Estados não poderiam ser os únicos fiadores da segu­rança e da dignidade de seus cidadãos. A violação dos direitos de um brasileiro ou de um alemão não deve ser apenas um pro­blema para os seus compatriotas. Se partimos do pressuposto de que temos direitos pelo simples fato de sermos humanos, a violação dos direitos de qualquer pessoa deve ser um problema de todos. Trata-se de uma agressão à toda a humanidade, e, por­tanto, é legítimo que pessoas de outras partes do mundo se pre­ocupem com o que ocorre no Brasil ou na Alemanha.
Por outro lado, é necessário refletir um pouco sobre o signifi­cado de soberania e da sua abrangência. A soberania surge como uma doutrina de justificação do poder absoluto do Estado, não só face à comunidade internacional, mas também em relação a outros poderes domésticos. No inicio do século XVI era importante afirmar a autoridade do Estado face ao poder da igreja ou dos impérios, assim como dos senhores feudais. Com o tempo percebeu-se que a concentração do poder absoluta nas mãos do Estado havia se transformado numa ameaça constante aos seus próprios súditos, tanto que com as revoluções americana e fran­cesa a soberania passa por um processo de domesticação, ou seja, busca-se a sua limitação por intermédio de constituições e declarações de direitos. Desta forma o exercício da soberania só será legítimo se capaz de respeitar os direitos das pessoas. A soberania passa então a estar a serviço das pessoas e não dos Estados. Com a democracia, completa-se a inversão do sentido da soberania, pois ela não mais é concebida como um atributo do príncipe mas do cidadão. É o cidadão que detém o poder sobre sua própria vida e que deve determinar ao Estado de que forma se comportar. li nesse momento que deixamos de ser súditos e passamos a cidadãos.
Nesse sentido, quando o nosso Estado viola o direito de um cidadão, é ele que está agindo contra a soberania popular. Se para buscar evitar essas práticas a comunidade internacional se mobiliza e denuncia um Estado, na realidade, a sua ação busca favorecer os cidadãos daquele Estado, ou seja, a soberania popu­lar em detrimento da soberania absoluta. Assim, reagir à solidariedade internacional em nome da soberania só favorece aque­les que querem um ambiente de impunidade para que possam tranquilamente violar direitos humanos.
 
conclusão
 
A gramática dos direitos humanos está fundada no pressu­posto moral de que todas as pessoas merecem igual respeito umas das outras. Somente a partir do momento em que formos capazes de agir em relação ao outro da mesma forma que gos­taríamos de que agissem em relação a nós é que estaremos con­jugando essa gramática corretamente. Os argumentos de que direitos humanos são direitos de bandidos, de que atrapalham a atuação das polícias ou de que minam a soberania do Estado buscam destruir essa lógica. Aderir a qualquer desses argumen­tos significa assumir a proposição de que algumas pessoas tem mais valor, outras menos, e de que ao Estado e seus funcionários cabe fazer a escolha de quais deverão ser respeitadas e quais poderão ser submetidas à exclusão, à tortura, à violência e à discriminação.
 
Oscar Vilhena é professor de Direito da PUC-SP,
Diretor Executivo do ILANUD/BrasiI, Coordenador do Consórcio  Universitário pelos Direi­tos Humanos PUC-SP/Universidade de Columbia-NY/USP

sábado, 30 de julho de 2016

SERVIDORES DO RN TERÃO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO CIDADÃ

TRANSCREVO NA INTEGRA DO BLOG JANEAYRE SOUTO

 
Os servidores estaduais da Educação terão uma importante oportunidade de aperfeiçoamento e de formação cidadã. Trata-se do I Seminário Estadual de Educação Cidadã que se insere no projeto Setembro Cidadão que reúne profissionais e alunos da Educação Estadual para discutir atividades voltadas para o exercício da cidadania no estado do Rio Grande do Norte. As inscrições são gratuitas para servidos públicos e podem ser realizadas até o dia 10/08 no  Núcleo Estadual de Educação para a Paz e Direitos Humanos - NEEPDH ou pelo telefone (84) 3232-1438.

O Seminário será realizado nos dias 1 e 2 de setembro de 2016, no auditório Master da Escola de Governo, Centro Administrativo – Candelária, Natal-RN, organizadas em forma de Conferências, palestras e mesas-redondas (veja a programação abaixo). O RN foi o pioneiro no reconhecimento da importância e trata-se de uma temática de movimento que contribui para a formação de uma nova cidadania, com eixos como gestão democrática e princípios de convivência. Isso implica que a educação seja do acesso de todos e, mais importante, tenha qualidade e respeite as diferenças culturais e regionais, sendo a cidadania, maior ferramenta democrática de que dispõe o povo brasileiro.

De acordo com o presidente da Comissão Estadual do Setembro Cidadão, João Maria Mendonça de Moura, a Lei Estadual 494/13 determina que o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura  - SEEC/RN, promova em setembro o mês da Educação e Cidadania e o 10/09 como o dia Estadual de Educação e Cidadania. Desde o início do ano letivo estamos trabalhando este tema na Rede Estadual de Ensino e o Seminário abre a programação alusiva esta reflexão".

O evento que tem o SINSP/RN como parceiro é realizado pela SEEC/RN, através do NEEPDH. Para maiores esclarecimentos através do e-mail coreseec@gmail.com e no telefone (84) 3232-1438.

PROGRAMAÇÃO

01 de Setembro/ Auditório Master da Escola de Governo
19h – Sessão solene de abertura (Prof.ª Dr.ª Cláudia Santa Rosa - Secretária de Educação e Cultura do RN)
20h – Conferência de abertura: “Setembro Cidadão, Surgimento, Objetivos e Pioneirismo do RN”
Conferencistas: Dr. Jarbas Bezerra de Melo (Juiz, Escritor, Professor da ESMARN); Dr. Lígia Limeira (Servidora do TRE/RN e Escritora)
Presidente da Mesa: Prof.º João Maria Moura – (SEEC/NEEPDH – Núcleo            Estadual de Educação para a Paz e Direitos Humanos)
21h – Debate
21h30 – Coquetel

02 de setembro/Auditório Master da Escola de Governo
8h – Mesa-redonda (Com projetos exitosos de alunos da rede)
Coordenador da mesa: Secretária Adjunta da Educação Mônica Maria Guimarães
9h30 – Debate
*Apresentação cultura com alunos da rede
10h Palestra: “O estatuto da Criança e do adolescente e o seu papel na construção da cidadania”
Palestrante: Manoel Onofre Neto (Promotor de Justiça da Infância e da Juventude em Natal/RN)
Presidente da Mesa: Prof. Rosângela (Coordenadora da Coordenadoria dos Órgãos Regionais de Educação- CORE/SEEC)
11h30 – Debate
12h às13h30 – Almoço (livre)
14h – Mesa-redonda (Com projetos exitosos de alunos da rede)
Coordenador da mesa: Subsecretario de Educação do RN Prof.º Marino Azevedo
15h30 – Debate
*cofee break
16h – Conferência de encerramento: “Cidadania e gestão de conflitos nas escolas”
Palestrante: Raimundo Silvio Dantas Filho (Promotor de justiça da Educação em Natal/RN)
Presidente da mesa: Fábio Ataíde (Juiz e professor da UFRN)
17h30 – Debate
18h – Encerramento com apresentação cultural

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O ADEUS A BARONESA DE CEARÁ MIRIM – LUCIA HELENA PEREIRA



          



           Um dia num sarau da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins – SPVA, ela apareceu na minha frente e falou: Oi como vai? E com seu jeito direto e peculiar de ser, foi dizendo... então você e Geralda Efigênia, ouço muito falar sobre você, e de  pronto eu respondi, que bom, e brincando fui dizendo... Falam de bem ou de mal? Ela riu... Ai perguntei: mas quem é você? Ela olhou pra mim olho no olho e falou sou Lucia Helena Pereira, a poetisa das flores, eu sou escritora, neta de Madalena Antunes, não tenho papa na língua. Caímos na risada, as duas. Achei interessante o modo dela falar... O tempo passou... Lucia Helena e eu nos tornamos amigas.
            Encontrávamos-nos saraus da SPVA, do Conselho Regional de Odontologia, foi uma das pessoas que mais me apoiou quando Presidente da SPVA, sempre ligava para conversar, e como conversava minha amiga, falava dos filhos dela, do amor pelo neto, de Abel que é professor como eu, e que não o conheço pessoalmente, mas o conheço pelos olhos da mãe. Do amor pela vovó Madalena, que ela fazia questão de falar, e citar o nome dela em todas as suas conversas, dos poetas, de Dudu (Eduardo Gosson) .
            Minha Gê era assim, que ela me chamava e, que me enchia de palavras cheias de afeto, me elogiava pelo amor que ela dizia que eu sentia pela educação, e que a mesma admirava por eu não mencionar que sentia sequer cansaço.
           E como eu a admirava, e sentia que a mesma também gostava de mim, me pegou pela mão e me apresentou a União Brasileira de Escritores – UBE/RN, indicando meu nome para compor essa instituição que hoje faço parte, também da diretoria. Ela queria que eu fosse vista no meio literário e me apresentava com elevado orgulho, hoje tenho meu nome no dicionário de mulheres do Brasil, graças a ela, a poetisa das flores.
          Lucia Helena, amiga de cada uma das pessoas que ela escolhia para compartilhar com ela seus momentos de alegria ou tristeza, exemplo disso posso citar as pessoas que ela falava com orgulho por serem suas amigas, a exemplo de Menga, não a conheço pessoalmente, mas essa era uma pessoa que ela muito estimava, sempre nas nossas conversas ela citava esse nome, Ceição Maciel pessoa que ela admirava Flauzineide, Zelma, Ceicinha e tantas outras.
           Enfim, o meu tempo sempre curto, não me sobrava tempo para visita-la, mas a noite sempre recebia suas ligações, e sempre falando das pernas cansadas, de seus sonhos. O amor pela terra que nasceu o vale verde, Ceará Mirim bela, essa afeição por Ceará Mirim me impulsionou a chama-la de baronesa, a baronesa de Ceará Mirim.
         Mas a vida prega peças, e hoje tomei um susto ao saber que a baronesa emudeceu, sua voz calou,  que partiu rodeada de flores para o encontro com Cristo na gloria, não tivemos tempo para despedidas, à morte é assim, chega sem avisar sem dar tempo de despedidas, eu chorei... pois havia me acostumado com suas ligações noturnas, com seu jeito de dizer, eu quero falar, e você so escutar, e eu fazia isso muito bem, já que a mesma sempre me ligava. chorei muito pela minha fada madrinha.
Senti o meu coração pesado ao receber a noticia da sua partida. A baronesa ainda era muito jovem, por isso acho que sua partida para o céu foi prematura demais, o corpo tremeu e por um momento não acreditei na noticia que havia recebido, passei o dia reflexiva, fiquei de luto, embora saiba que poeta não morre. A baronesa partiu, foi fazer companhia à querida Anna Maria Cascudo, pessoa que ela nutria bastante admiração e que por meio dela passei a admirar também. Acredito que nessa hora estão à baronesa e Anna Cascudo a conversarem sobre a UBE, a Academia de Letras,  a AJEB ou então, uma declamando poesia para a outra. A minha baronesa tornou-se uma estrelinha imortal nos corações dos que a amavam, dos seus amigos dos seus anônimos que ela sentia prazer em ajudar.
           Adeus Lucia Helena Pereira a baronesa de Ceará Mirim, a LH, a poetisa das flores.

domingo, 17 de julho de 2016

RN REALIZA SEMINÁRIO DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR





          Com 76% dos profissionais da educação do Estado do Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Educação e Cultura – SEEC, em parceria com a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, Universidade Federal do Rio grande do Norte – UFRN realizou nos dias 14 e 15 de julho, o Seminário para análises e sugestões da 2ª versão da Base Nacional Comum Curricular/BNCC.
          Aos gritos de fora Temer, e com auditório master da Escola de Governo no Centro Administrativo do Estado, localizado no Centro Administrativo na Capital lotado, os profissionais da educação pública do RN, demonstraram conhecimento, muita lucidez e a aprendizagem do documento disponibilizado no portal do MEC.
        A dinâmica do evento constou de: grupo de discussões e análises do documento por componente curricular, e também por área de conhecimento, seguida da plenária para apresentação da contribuição dos norte-rio-grandenses para a base.
        Compreende-se que a BNCC não é currículo, mas referencia para tal, o seminário foi sucesso e o conjunto de professores discutiu a contento. A SEEC considerou como saldo positivo o evento nos dois dias de encontro.

ROBERTO PINHEIRO ACRUCHE PROCLAMADO INTELECTUAL DO ANO DE 2014.


Parabéns grande poeta que muito admiro!

NO CIEP 470 - LITERATURA E MEIO AMBIENTE

O convite para participar deste projeto, proporcionou-me na manhã do dia 11/07/2016, momentos de extrema alegria! Deixando-me lisonjeado, honrado, feliz e muitíssimo grato. Pois, fazer palestra para a nossa juventude, relatar a nossa história, a história de nossa terra São Francisco de Itabapoana e ainda ouvir esses jovens declamando a nossa poesia, cantar o hino oficial do Município, foi emocionante. Agradeço a Direção do CIEP 470, professores, o Diretor de Cultura Edson Martins, a todos que compõe o quadro de servidores na Biblioteca da Escola.

Com os responsáveis pela biblioteca, momento que a presenteava com um livro de poesias.
Ouvir os alunos cantando o Hino Oficial do Município, foi um momento de muita emoção!
Um belo presente do aluno IURY, artista nato, que fez a minha caricatura. Emocionante!
Com a professora de português!
DURANTE A PALESTRA
QUANDO ENTREGAVA A UMA ALUNA O LIVRO QUE CONTA A HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE PAULA E DO PADROEIRO.
Escritor e poeta Roberto Acruche com alunos do Ciep que cantaram o hino oficial de São Francisco de Itabapoana de autoria do escritor!



 Encantador - as estrofes do Hino Oficial do Município em cada uma das mudas expostas sobre a mesa.
 Autografando a antologia para a Biblioteca do CIEP
Na entrada da Biblioteca as árvores desenhadas na vitrine sustentando as estrofes do Hino Oficial de São Francisco de \Itabapoana.  (foi de arrepiar)
Alunos que declamaram minha poesia.


A VOZ POÉTICA DE GIUSEPE RAMALHO - JOÃO PESSOA /PB


quinta-feira, 7 de julho de 2016

CONVITE AOS AMANTES DA TROVA

Caríssimos(as) Trovadores (as) amigos(as) simpatizantes da Trova, 

Encaminho abaixo e no anexo, Convite mais programação para a comemoração do Cinquentenário da UBT-Curitiba, bem como, as informações relativas ao Hotel conveniado. Contamos com a presença de todos.


CONVITE
 
A União Brasileira de Trovadores - Seção Curitiba tem a honra de convidar Vª Sª e Família para as festividades comemorativas de seu Jubileu de Ouro a realizar-se nos dias 14 e 15 de Setembro de 2016.


  1. 14 de setembro de 2016 - 18 horas. Sessão Magna. Teatro Londrina-Memorial de Curitiba. Largo da Ordem
  2. Premiação Nacional e Estadual dos classificados no Concurso de trovas Orlando Woczikosky. Lançamento do livro comemorativo do cinquentenário.
 
  1. 15 de setembro de 2016 – 17h30minhs – Biblioteca Pública do Paraná Auditório Paul Garfunkel. Rua Cândido Lopes, 133 Centro.
  2. Premiação Estudantil. Apresentação do Coral Música no Bairro, do Projeto Social Dorcas e da Performance  Poética: “Eu, Pessoa e os Outros Eus”, com Jairo Klein. 

 Andréa Motta
Presidente

SELEÇÃO DO MINC


fonte: por e-mail

domingo, 3 de julho de 2016

CONVITE