terça-feira, 13 de agosto de 2013

A VOZ POÉTICA DE LUCIA HELENA PEREIRA - CEARÁ MIRIM/RN

INCONTIDA PAIXÃO
Lúcia Helena Pereira



Quero - te assim,
Com essas mãos insidiosas
Errando caminhos dentro de mim
E vasculhando minhas ânsias vaidosas!

Quero as tuas mãos despidas
Tateando intermináveis carinhos
Em minhas formas intrépidas,
Suadas e aconchegadas em ninhos!

Quero os teus lábios, amado,
Trêmulos, inquietos e tímidos
Adoçando o meu leite aguado!

Quero o arco - íris do teu olhar de amante
Contemplando orvalhos tépidos
Nas rosas soltas ao vento errante!

Quero a sensualidade de olores
Açoitando a virgindade da aurora,
Grávida de mil flores
Parindo na umidade cheirosa da hora!

Quero a entrega completa de corpos cálidos
Despertando na rósea manhã recém - nascida
Cheia de silêncios orquestrados
E de tua imagem resplendente e amanhecida!

Quero o verde esmeraldino das matas
E a essência rubra do sol em ânsias
Trazendo estrelas despertas!

Quero o beijo crespo do vento
Deixando vestígios de esperas macias
Cobrindo - me de suavidade e alento!

Quero a beleza das pétalas das rosas
Exalando aromas diferentes
Recriando inspirações dadivosas
Em versos imanentes!

Quero, nesses destinos separados
Aguardar o meu amado amante
Para viver momentos desenfreados,
Num gozo infinito e delirante!

Quero as inesperadas chegadas
Sob os aflitos olhos dos astros do firmamento
E o doce sol de poesias caladas!

Quero o imenso brilho do céu
E mornas mãos corrompendo o meu intento,
Como fogos crepitando em meu véu!

Quero silêncios gritando
No instante ardente e buliçoso.
Morder o teu sorriso brando
Nesses lábios molhados em meu verso.

Quero o olor de flores tristes
Cristalizando - se em pálidas pétalas
Enfeitando jardins de amantes
Aureolados de imagináveis pérolas!

Quero os aveludados carinhos teus,
Avassaladores e inebriantes,
No cenário sensual dos sonhos meus!

Quero os teus olhos molhados de quimeras
Inundando rios ressonantes,
Trazendo o cheiro de plácidas esperas.

Quero aquele grito abafado
De orgasmos que se repetem
Fecundando um adeus desesperado
No ventre de amantes que se despem.

Quero auroras florescendo do teu calor
E mãos suadas,
Vaporosas de impulsivo ardor
Sob a sombra de árvores esquecidas!

Quero levar - te o calor deste soneto
Despertando os teus delírios,
Nesta voz de alma em tormento!


Quero sentir a dor desse ardente desejo
Aromatizando úmidos e castos lírios,
Aflorando, sutilmente, o meu ensejo!

Quero o bordado dos teus dedos hábeis,
Em minha túnica vermelha de anseios,
Riscada de imagens ágeis,
No branco tecido dos meus seios!

Quero nuvens bailando na alcova celestial
E os murmúrios dos crepúsculos
Invadindo o anoitecer angelical,
Sem poeiras e sem os sóis rútilos!

Quero - te, amado, infinitamente assim,
Segurando a minha mão
Para alar - me enamorada de ti, sem fim!

Quero, pura e simplesmente amar - te sim,
Nesta incontida paixão,
Sem fronteiras, enfim!
INCONTIDA PAIXÃO





Quero - te assim,

Com essas mãos insidiosas

Errando caminhos dentro de mim

E vasculhando minhas ânsias vaidosas!


Quero as tuas mãos despidas

Tateando intermináveis carinhos

Em minhas formas intrépidas,

Suadas e aconchegadas em ninhos!


Quero os teus lábios, amado,

Trêmulos, inquietos e tímidos

Adoçando o meu leite aguado!


Quero o arco - íris do teu olhar de amante

Contemplando orvalhos tépidos

Nas rosas soltas ao vento errante!


Quero a sensualidade de olores

Açoitando a virgindade da aurora,

Grávida de mil flores

Parindo na umidade cheirosa da hora!


Quero a entrega completa de corpos cálidos

Despertando na rósea manhã recém - nascida

Cheia de silêncios orquestrados

E de tua imagem resplendente e amanhecida!


Quero o verde esmeraldino das matas

E a essência rubra do sol em ânsias

Trazendo estrelas despertas!


Quero o beijo crespo do vento

Deixando vestígios de esperas macias

Cobrindo - me de suavidade e alento!


Quero a beleza das pétalas das rosas

Exalando aromas diferentes

Recriando inspirações dadivosas

Em versos imanentes!


Quero, nesses destinos separados

Aguardar o meu amado amante

Para viver momentos desenfreados,

Num gozo infinito e delirante!


Quero as inesperadas chegadas

Sob os aflitos olhos dos astros do firmamento

E o doce sol de poesias caladas!


Quero o imenso brilho do céu

E mornas mãos corrompendo o meu intento,

Como fogos crepitando em meu véu!


Quero silêncios gritando

No instante ardente e buliçoso.

Morder o teu sorriso brando

Nesses lábios molhados em meu verso.


Quero o olor de flores tristes

Cristalizando - se em pálidas pétalas

Enfeitando jardins de amantes

Aureolados de imagináveis pérolas!


Quero os aveludados carinhos teus,

Avassaladores e inebriantes,

No cenário sensual dos sonhos meus!


Quero os teus olhos molhados de quimeras

Inundando rios ressonantes,

Trazendo o cheiro de plácidas esperas.


Quero aquele grito abafado

De orgasmos que se repetem

Fecundando um adeus desesperado

No ventre de amantes que se despem.


Quero auroras florescendo do teu calor

E mãos suadas,

Vaporosas de impulsivo ardor

Sob a sombra de árvores esquecidas!


Quero levar - te o calor deste soneto

Despertando os teus delírios,

Nesta voz de alma em tormento!



Quero sentir a dor desse ardente desejo

Aromatizando úmidos e castos lírios,

Aflorando, sutilmente, o meu ensejo!


Quero o bordado dos teus dedos hábeis,

Em minha túnica vermelha de anseios,

Riscada de imagens ágeis,

No branco tecido dos meus seios!


Quero nuvens bailando na alcova celestial

E os murmúrios dos crepúsculos

Invadindo o anoitecer angelical,

Sem poeiras e sem os sóis rútilos!


Quero - te, amado, infinitamente assim,

Segurando a minha mão

Para alar - me enamorada de ti, sem fim!


Quero, pura e simplesmente amar - te sim,

Nesta incontida paixão,

Sem fronteiras, enfim!

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