domingo, 28 de abril de 2013

ARTIGO DE PUBLIO JOSE - NATAL/RN

A ORDEM DE MARIA
 
 
      Públio José – jornalista
 

 
                        O cenário é de uma festa de casamento. Estamos há mais de dois mil anos atrás, quando Jesus Cristo, seus apóstolos e sua mãe, Maria, comparecem às bodas de um jovem casal, em Caná da Galileia. Caná vem do hebraico e significa cana. O nome, assim, provém da proximidade da aldeia com uma área de alagadiço, com certeza terreno propício à plantação do vegetal. Era também o lugar de nascimento de Natanael, um dos apóstolos de Jesus, e ganhou fama e notoriedade como local do primeiro milagre de Jesus. A passagem é clássica e integra o relato, registrado na Bíblia, do evangelho escrito pelo apóstolo João. Ao que tudo indica, a festa seguia normalmente quando seus organizadores observam que ia faltar vinho. (Imaginem a bebida faltar em plena festa! Seria um transtorno para o noivo!) De imediato, parentes do noivo solicitam a Maria uma intervenção, uma solução para o problema.
                        Ela, numa atitude natural, como amiga da família, e também querendo retirar do currículo da festa o constrangimento geral que redundaria a falta da bebida, dirige-se ao filho. O gesto de Maria implica várias deduções e ecoa para a posteridade como semente, lastro, elemento impactante para o acontecimento que viria a seguir. Da cena se conclui, em primeiro lugar, ser Jesus – pelo menos até aquele momento – desconhecido no ambiente. Pois, ao invés de procurá-lo para acudi-los, os responsáveis se dirigem a Maria. Ela, por sua vez, deveria ter um forte motivo ou, no mínimo, uma vaga convicção de que o filho representava a solução para o problema. Sabe-se perfeitamente que Jesus não mantinha nenhum envolvimento com o comércio do vinho. Como é certo, também, não ter ele à mão, no momento, nenhum elemento que justificasse, humanamente falando, ser solicitado para sanar a questão.
                        Qual a explicação, então, para Maria dirigir-se a ele? Por ser seu filho? É pouco provável. O que Jesus sugere de extraordinário, o que sinaliza, o que manifesta para que ela o veja em condições de trazer outro desfecho à situação? Soa estranho, por outro lado – quase beirando à reprimenda – a maneira como Jesus, em resposta, se dirige à mãe: “Mulher, que tenho eu contigo?”. Colocada de forma pública, tal afirmação deve ter causado constrangimento a Maria. O texto, entretanto, não se refere a essa circunstância nem reporta nenhuma atitude sua decorrente da exclamação de Jesus. Enigmas à parte, o que se deduz do episódio é que Maria entrou nele como figura principal – em razão de ter sido vista como solução à falta do vinho – e saiu como coadjuvante, deixando para Jesus o papel principal do fantástico enredo. E – mais mistério ainda – portando uma ordem: “Fazei tudo quanto ele vos mandar”.
                        Saberia ela, então, dos atributos divinos do filho, já tendo vivenciado milagres anteriores por ele promovidos, motivo pelo qual fez dele o foco principal do evento? Ou, além disso, já antecipava sua autoridade de Deus e o poder de solucionar problemas a ponto de encaminhar-lhe a questão e solicitar aos presentes obediência a ele “em tudo?” O certo é que a frase de Maria transcende, em muito, sua própria circunscrição. É a constatação de que em Jesus estão presentes os atributos necessários e suficientes à condição de ser procurado, ouvido, seguido, obedecido. Após sua ordem “Fazei tudo quanto ele vos mandar” Maria saiu de cena, deixando a Jesus o foco, a atenção, o mando, o poder, a autoridade, entronizando-o no ambiente como pessoa capacitada a merecer a confiança, o crédito e a obediência dos presentes. E o vinho? Bom, o milagre aconteceu. Voltou a ser servido. Farto. De qualidade. Excelente.

por e-mail.

terça-feira, 23 de abril de 2013

DOUTORANDA EM LETRAS, REJANE SOUZA PRESIDE COMISSÃO DO PELLRN DO ESTADO DO RN

PORTARIA N.º 303/2013-SEEC/GS
A SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA DO RIO GRANDE DO NORTE no uso de suas atribuições legais,
RESOLVE
Art. 1º - Designar Rejane de Sousa, matrícula nº 104.742-6, Isauro Beltran Nunez; Erileide Maria de Oliveira Rocha e Jucilandia Braga de L. Tome, matrícula nº 69.731-1;   para, sob a presidência da primeira , compor a Comissão de Elaboração do Plano Estadual da Leitura e do Livro do Estado do Rio Grande do Norte – PELLRN, iniciando com a escrita da versão preliminar do documento base e, em seguida, tomando as providências necessárias para a sua conclusão, tais como: submeter essa versão preliminar do Plano a instituições relacionadas à educação e a Cultura, e à comunidade em geral, a fim de que possam apresentar sugestões que contribuam para a sua conclusão, fazer os arranjos necessários decorrentes das sugestões encaminhadas e realizar a redação final.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeito retroativo a 01 de junho de 2012.
Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.
Natal/RN, 04 de abril de 2013.
Betania Leite Ramalho

Secretária


CHAMADA PÚBLICA PARA DAR CIÊNCIA E RECEBER CONTRIBUIÇÃO AO DOCUMENTO BASE DO PLANO ESTADUAL DA LEITURA E DO LIVRO DO RIO GRANDE DO NORTE – PELLRN.

A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC/RN, neste ato representada pela Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar – CODESE, vem, por meio e ação deste instrumento, tornar público, para conhecimento das entidades educacionais e sociais, promotores de fomento e incentivo à leitura e escrita, o documento base do Plano Estadual da Leitura e do Livro do Estado do Rio Grande do Norte.

1.         Do OBJETIVO
 
Constitui objeto desta Chamada Pública o Documento Base do Plano Estadual da Leitura e do Livro do Estado do Rio Grande do Norte – fundamentado pelo Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL, Plano Estadual do Livro e Leitura do Mato Grosso do Sul, do Paraná e Leis do Livro e da Leitura Literária que existem no Rio Grande do Norte, além do PDE e PISA e teorias pertinentes ao tema. O referido documento conta com 58 páginas construídas, o que permite traçar o cenário de ações e metas que delineam as políticas de leitura do RN.

2.         DAS CONTRIBUIÇÕES

Poderão contribuir com o documento base do PELLRN instituições públicas, privadas e sem fins lucrativos, que atuem no universo educacional, em especial na área de formação e incentivo ao fomento do livro e da leitura.
2.2.      Poderão, ainda, contribuir as entidades de classes, com Sindicatos e Conselhos na área educacional e cultura, e que promovam ações que fortaleçam a educação crítica e cidadã.

PARÁGRAFO I:

Serão consideradas as contribuições de propostas que promovam o acesso à leitura, ao livro e à formação de leitores e escritores, envolvendo ações de cidadania, inclusão social, digital, que favoreçam o desenvolvimento humano de forma integral.

3.         DO PRAZO

3.1  O prazo de recebimento das contribuições será de 30 dias, a partir da data de publicação desta Chamada Pública, que ficará disponibilizada no Portal da Educação da SEEC/RN.

PARECER TECNICO DA UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES/RN - SOBRE O PELLRN



 PLANO ESTADUAL  DA LEITURA E DO LIVRO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
                                       


                                             “Um país se faz com livros e homens”

                                                                   Monteiro Lobato

01.   INTRODUÇÃO


       A luta das entidades da sociedade civil para transformar o Brasil e, quiçá o RN, em uma sociedade de leitores vem de longe. Com base neste desejo, a União Brasileira de Escritores deu a largada articulando desde o ano de 2006 uma lei, através dos deputados Fernando Mineiro e José Dias, que resultou na Lei nº 9.105, de 09 de junho de 2008 ( Lei do Livro Henrique Castriciano) em homenagem a este grande intelectual . Dividida em 05 capítulos, a lei nº 9.105, em seu Art. 23: “o Poder Executivo regulamentará a presente Lei, no que couber, no prazo de 90 dias”;  já faz cinco anos e só agora é que parece caminhar para que a mesma cumpra o seu papel; seis meses depois, após intensa movimentação do Instituto de Desenvolvimento da Educação – IDE, foi promulgada outra na mesma direção: a Lei nº 9.169, de 15 de janeiro de 2009. Antes tarde do que nunca, o Poder Público sai da letargia e elabora (em versão preliminar) o Plano Estadual da Leitura e do Livro do Estado do Rio  Grande do Norte  e solicita,mediante Ofício Circular nº 16/2013, um Parecer da UBE-RN:



O2. PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS E FILOSÓFICOS DO PELLRN



                O PELLRN está embasado em grandes pensadores da Cultura e da Educação, como o russo Bakhtin, o brasileiro Paulo Freire. À pag. 06 afirma o PELLRN:

                                                      “a linguagem não é um mero instrumento de comunicação e que os sujeitos, principalmente os alunos, não são meros receptores passivos”. (Paulo Freire diz: - ninguém ensina nada a ninguém. Os homens se educam em comunhão).

               Reconhece que até agora as ações desenvolvidas pela SEEC tem sido isoladas e conclama todos para participarem na sua construção e execução:

“O Plano, como aqui se configura, objetiva evitar o caráter assistemático e fragmentado com que se tem implementado essas iniciativas em nosso estado. Isso só será possível se houver o comprometimento de todos os setores interessados no tema, os quais serão convidados a darem sua contribuição em um esforço conjunto para a qualidade deste documento”.

       

                      Por último, conclama os professores a repensarem  suas práticas obsoletas de pensar a leitura  apenas como uma tarefa do professor de Língua Portuguesa e sim de todos. Diz, ainda, que o PELLRN articula-se “com a proposta que vem sendo desenvolvida pela Comissão de Currículo para a rede estadual do RN, que tem como eixo norteador o currículo integrado”(PELLRN, pág. 12).



03.   METAS E ESTRATÉGIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS DE LEITURA

O PELLRN assenta-se em quatro eixos temáticos:

.Eixo 1- Democratização do acesso

.Eixo 2 – Fomento à leitura e a formação de mediadores

.Eixo 3 – Valorização  da leitura e da comunicação

.Eixo 4 – Apoio à criação e ao consumo de bens de leitura


UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE

A FESTA EM HOMENAGEM AO "DIA DO LIVRO INFANTIL" NA SEEC/RN


As lembrancinhas que foram preparadas com muito carinho para os participantes, bela e reflexiva  mensagem.
O Programa Nacional de Incentivo à Leitura - PROLER/RN, sempre em ação.
Parabéns a coordenadora Erileide e a toda equipe que anos vem fomentando a leitura pelo RN.


 Mágna Fernandes - "Mestre de Cerimônia", apresentou todo o evento.
 A mesa diretiva composta pela Diretora da 1ª DIRED/Natal/RN, o Vice Presidente da Fundação Josè Augusto, a Secretária de Estado da Educação e da Cultura - Senhora Betânia Ramalho, e a coordenadora  do PROLER/RN Senhora Erileide Rocha
.
 O Vice Presidente da Fundação José Augusto.

 Professora Rejane falou de sua experiência com a literatura infantil...
 Os professores/escritores, José de Castro, Salizete e Rosa Régis.
 A mesa redonda que trazia como tema: "A literatura infantil" foi composta por escritores de literatura infantil:
José de Castro, Salizete, Rosa Régis e Flauzineide.
Flauzineide enfantizou as mulheres que escrevem livros infantis no RN, aqui mostrando o livro "As bicicletas de papel da escritora mossoroense Dulce - membro do AFLAM,
 A Antologia organizada pela poetisa Geralda Efigênia, em um projeto promissor que teve a participação de alunos do Instituto Ary Parreiras,
 Falou também do livro da escritora Elizabeth
  Rose - " Feira Livre"

 Outras escritoras e escritores de livros infantis foram citados(as)

Foi uma bela manhã poética... 
Neidinha agradeceu a Deus pela oportunidade e a equipe da SEEC pelo convite.


Parte do público.
veja mais em:
 
fonte: www.divulgadoraliterocultural.blogspot.com

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SEEC E SEBRAE E PROJETO DESPERTAR: 10 ANOS DE UMA PARCERIA DE SUCESSO!






PROFA. VERA REIS - COORDENADORA DO PROGRAMA DESPERTAR NA SEEC, NÃO CABIA EM SI DE ALEGRIA, FICOU EMOCIONADA  E FELIZ! PARABENS VERINHA SABEMOS DO SEU AMOR PELO DESPERTAR!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

1º FÓRUM NACIONAL DE HISTÓRIA INDÍGENA ARANDÚ


(SABEDORIA INDÍGENA)
 
TEMA EM DISCUSSÃO: AS TRILHAS INDÍGENAS DO PEABIRÚ

DIA: SÁBADO 27 DE ABRIL ÁS 14:15 HS.
LOCAL: O CASTELO DE ROBSON MIGUEL – RUA DO CASTELO – Nº 310 – 4ª DIVISÃO - RIBEIRÃO PIRES - CEP: 09434-300 – SÃO PAULO - FONE: (11) 4829-3382  // 9-7268-3698
TRAJES: ESPORTE - INGRESSO R$10,00 - DIVULGUE

 
PROGRAMAÇÃO DO SÁBADO - DIA 27 DE ABRIL DE 2013

Tema central de discussão do Fórum:
 
AS TRILHAS INDÍGENAS DO PEABIRÚ - O Peabirú era uma trilha indígena datada de 3.000 anos Antes de Cristo, construída pelos povos Guarani, orientados pelo sol, em busca da Iwi Marã'ei, ou “A Terra Sem Males. Sua maior parte era calçada de pedra com 1:40 metros de largura e rebaixada 40 centímetros do solo e era usada como rota de  comunicação entre os povos Guarani e os Incas do Peru, ligando o Oceano Pacífico ao Atlântico, com aproximadamente 3.800 km saindo do litoral do Peru e chegando ao Brasil em 3 pontos: litoral de Santa Catarina, litoral do Paraná e litoral de São Paulo no Porto Timiarú, atual São Vicente-SP. A malha de caminhos ligados ao Peabirú servia de base para os indígenas visitarem parentes, realizarem trocas e também serviu para a fundação de várias cidades brasileiras dentre elas as do ABCDRM.
 
Do Fórum: Será aberto ao público e contará com a presença e participação de historiadores, amantes da cultura indígena, formadores de opinião e lideranças indígenas.
 
Horários:
1-13h00/14h00 - Chegada e Tour pelo Castelo de Robson Miguel  

2-14h00 á 14h05 - Acomodação dos convidados presentes.

3-14h05 á 14h10 – Saudação de Abertura com Marlene Oliveira Spiandorelo, Diretora do Museu Castelo de Robson Miguel e Responsável do Museu Ribeirão Pires.

4-14h10 á 14h15 - Apresentação dos Palestrantes Principais do Fórum:

- Robson Miguel: Historiador Indígena, Cacique e Diretor do Castelo de Robson Miguel - Centro de Referencias e Estudo da Cultura, Tradições, Literatura Indígena Brasileira e Medieval - Fundado em 28-08-1999; Membro do IBB – Instituto Biográfico do Brasil; Membro da AMLAC - Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências; Membro do IHGSP - Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – Fundado em 01-11-1894 ocupante da Cadeira de Historiador Indígena;

- Julio Abe Wakahara: Museólogo e Arquiteto, Membro do IHGSP - Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
 
5-14h15 á 14h30 - Composição da Mesa e dos ocupantes das Cadeiras Históricas do Fórum ARANDÚ e seus release resumidos:
- Índia Tikuna do Amazonas We’e’ena Miguel - Presidente Nacional das Mulheres Brasileiras Indígenas. 

- Marlene Oliveira Spiandorelo: Responsável do Museu Ribeirão Pires e Diretora do Museu Histórico Castelo de Robson Miguel (Lançamento).

- Lucia Administradora do Museu Histórico Castelo de Robson Miguel (Lançamento).

- Sr. Américo Del Corto Presidente da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires. 

- Lina Maria Del Corto da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires. 

- Marcelo Liochi - Secretário Adjunto de Turismo.

- Abel Francisco Junior - Gestor Administrativo do IHGSP- Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. 

- Camila Galvez repórter do Jornal Diário do Grande ABC. 

- Renan Fonseca repórter freelancer. 

- Cibele Leão - Jornalista. 

- Horacio Alberto Garcia Historiador 

- Prof. João Antonio Ramos Presidente do Conselho Municipal de Cultura e poeta.
 
- Flavio Lemos - Jornalista

- Andresa Araújo - Engenheira Ambiental.

- Profª. Valéria Marchi - Historiadora.

- Ubirajara Kaiser - Fotógrafo.

- Rogério Iorio – Presidente do IBDN - Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza
.
- Katy - Comunicação e Fotografa. 

- Eduardo Pin - monitor ambiental. 

- Prof. Arnaldo Boaventura - Historiador. 

- Beto Teoria Presidente Nacional da Nação Hip hop Brasil.

- Marcos Baquará – Mediador do FORUM.

6-14h30 á 14h40 - Execução do Hino Nacional Brasileiro em Guarani pelo Violonista e Cacique Robson Miguel e execução do Hino da Cidade de Ribeirão Pires com a participação do autor Sr. Américo Del Corto Presidente da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires.

7-14h40 á 14h45 - Apresentação do Marcos Baquará, Relator da Ata e mediador do Fórum.

8-14h45 á 14h50 - O Fórum - Regras dos debates e diálogos. O Fórum será intercalado por perguntas do público.

9-14h50 á 15h00 - Inicio do Fórum de debates com Historiador Indígena Robson Miguel e Museólogo e Arquiteto Julio Abe Wakahara.

10-15h00 á 15h30 - 1ª MESA DE DEBATES:
 
Tema - As Trilhas Indígenas do Peabirú (de 3.000 A .C.), na Região da Grande São Paulo ao Perú. 

11-15h00 á 15h30 - 2ª MESA DE DEBATES:
 
Tema - Os povos indígenas “ágrafos” e suas nativas tecnologias da informação e localizações geográficas, tendo como base o Mapa de Teodoro Sampaio - Capitania de S. Vicente - Ano 1553 - 1597.

12-15h30 á 16h00 - 3ª MESA DE DEBATES

Tema - A Historia de Padre Leonardo Nunes Abarebebé, João Ramalho, Bartira, Tibiriçá, Caiuby e Piqueroby. 

13-16h00 á 16h30 - 4ª MESA DE DEBATES

Tema - A Historia de Ribeirão Pires como Geribatiba e Caaguaçú, sendo a possível antiga Santo André da Borda do Campo. Leitura e interpretação da II Ata de Fundação da Antiga Vila de Santo André da Borda do Campo datada em 12 de setembro de 1556, contendo a assinatura de João Ramalho.

14-16h30 á 17h00 - Encerramento: 

Resumo geral conclusivo para o relator escrever e últimos pedidos, sem réplica e tréplica.
Venda do Mapa Trilhas Indígenas do Peabirú, artesanatos indígenas, CDs e DVDs.
 
Você faz parte desta historia de brasilidade!
Sua presença é muito importante. Divulgue para seus contatos!
 
CARINHOSAMENTE,
     O CASTELO DE ROBSON MIGUEL
 
RESIDÊNCIA E ESCRITORIO ARTÍSTICO DO
MESTRE ROBSON MIGUEL - VIOLONISTA E HISTORIADOR INDÍGENA
Cacique e Diretor do Centro de Referencias e Estudo da Cultura, Tradições, Literatura Indígena Brasileira e Medieval –
Membro do IBB – Instituto Biográfico do Brasil - Membro da AMLAC - Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências –
Membro do IHGSP - Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – Fundado em 01-11-1894 – Cadeira de Historiador Indígena
 E-mail : robson@robsonmiguel.com.br  //  (11) 4829-3382 // (11) 9-7268-3698 // Site: www.robsonmiguel.com.br
fonte: Ornelas

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A EXPRESSÃO LITERARIA DE HORACIO PAIVA - POETA E CRONISTA POTIGUAR/RN


HORÁCIO PAIVA MEMBRO DA UBE/RN



A TRAVESSIA DE CARLOS FREIRE 

 CRÔNICA DE HORÁCIO PAIVA.

Carlos Freire de Souza: este o meu amigo que, dormindo, atravessou a madrugada de Cotovelo, em 11 de abril de 2013, em direção à noite maior.

A hora não se sabe ao certo. Todos dormiam. Marlene também dormia, e não o viu partir. Mas algo me diz que foi na hora da Alba, quando a Estrela d’Alva procura o sol nascente e o anuncia sobre o mar.

Depois, todos acordamos para as ilusões de mais um dia. Menos ele, já transformado em súdito eterno da Verdade.

Carlos Freire, titular de inúmeros amigos em Natal e alhures, se fora, assim, como um passarinho, num simples bater de asas, silenciosamente, sem despedidas inúteis, como na certeza de nos esperar na unidade, em Deus.

A surpresa, o impacto, o alvoroço, a dor agitaram a manhã e a Torre Amarela, onde morava. Às 7, quando me chamaram na Torre Azul - do mesmo condomínio que tem nome e cheiro que lembram o mar, Corais -, eu traduzia um poema de São João da Cruz, dos mais sublimes da literatura espanhola: “Noite Escura” (“Noche Oscura”), onde o poeta descreve o encontro da Alma com Deus. Corro ao seu apartamento, vejo-o deitado em sua rede, o rosto sereno, sem qualquer sinal de contração ou dor. Abraço-o, e aquela emoção, associada à atmosfera de espiritualidade do poema de São João da Cruz, ganha dimensões transcendentais.

E ainda porque a notícia chegou-me à altura em que escrevia a seguinte nota: “A alma encontra em Deus a união perfeita: a Verdade (e nela, a salvação e a beleza), que se opõe às ilusões do mundo secular e material. Não há dúvidas que a beleza, na harmonia de seus aspectos intrínsecos e extrínsecos, é irmã da Verdade: a exatidão, a perfeição. E na noite escura da alma, no caminho que leva ao Amado, a Amada é guiada pela luz da certeza, mais clara que a luz do meio-dia...”

O acontecimento, súbito, fez-me dedicar a ele a tradução que fiz.

As coincidências (ou seriam aspectos de um mesmo diálogo espiritual?), continuaram a ocorrer. Dirigindo-me ao velório, onde assistiria a missa de corpo presente, ouvia, em meu carro, um disco de salmos, entoados por monges, em canto gregoriano. No longo percurso, várias vezes repeti o salmo 22 (23), o meu preferido, e que também era cantado na missa que já tivera início quando cheguei.

E depois, a missa de 7º. dia, na Igreja São João, com nome igual ao do santo que redigira o famoso poema...

Dou testemunho perante Deus e os homens, sobre esse velho amigo

Pondo em relevo a ética em suas atitudes cidadãs, Carlos era um parceiro do bem. Embora o havendo conhecido ainda jovem, esse conceito firmou-se sobretudo quando, juntos, participamos de alguns movimentos de cunho social: na Caixa Econômica, na luta pelo reconhecimento profissional de seus funcionários como bancários e pela jornada de seis horas (eu, embora do Banco do Brasil, era o presidente do Sindicato dos Bancários do RN, à época); no Condomínio Corais de Cotovelo, nas batalhas pela moralização administrativa da entidade. Mas aqui há que destacar-se, também, o seu senso de humor. Quando o seu nome era sugerido para síndico, respondia sempre: “Não. Não tenho tempo, sou aposentado!”

A honestidade, sempre a demonstrou. Exerceu a função de caixa na CEF por longos anos, com dignidade. Costumava dizer que seu pai, Rafael, não tendo dinheiro para depositar em bancos, pusera os filhos. De fato, vários deles foram bancários, inclusive Jaime Freire, outro amigo pessoal. E mesmo fora da vida profissional, portou-se corretamente. Pautava-se pela Verdade. Não era homem de mentiras e sempre procurava cumprir os seus compromissos.

Mas a maior de suas virtudes era o amor. Fez muitas amizades. Mesmo quando, às vezes, se exaltava, corrigia-se depois, com ternura.

Dizem os textos sagrados que, ao morrer, seremos questionados sobre o amor, tal a sua importância para a nossa salvação. “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, ensinava Jesus, que também asseverava: “Terás um tesouro maior no céu”.

No diálogo socrático “Timeu”, de Platão, lê-se que o tempo é uma imagem móvel da eternidade.

Há um pensamento, ou descoberta, de Santo Agostinho, que estou sempre a repetir: não existe o tempo para Deus, que se expressa na eternidade. Dessa forma, essa eternidade contém o que imaginamos como passado e que, no entanto, permanece.

Assim podemos concluir, pela revelação, e com alegria, que o nosso amigo Carlos Freire, na unidade em Deus, vive em sua eternidade.


(Horácio Paiva. Poeta.
E-mail: horacio_oliveira@uol.com.br)
veja mais em: www.ubern.blogspot.com