segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

REGIÃO NORTE - PIOR ÍNDICE DE ESTUDANTES QUE ABANDONARAM O ENSINO MÉDIO.


O estudo 'Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades', divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) , mostra que os estados da Região Norte têm os piores índices de estudantes que abandonaram a escola no ensino médio do país. Em todos eles mais de 60% dos jovens de 15 a 17 anos deixam a escola antes de completar esse nível de ensino. A pior situação se encontra em Rondônia, onde a taxa de evasão é de 68,4%. Por outro lado, o Distrito Federal apresenta a menor taxa, de 31,2%.

Os sete estados do Norte ocupam as sete piores colocações no ranking de frequência escolar no ensino médio. Além de Rondônia, figuram na parte de baixo da tabela Acre (66,7% de evasão), Amazonas (65,6%), Roraima (63,9%), Pará (63,5%), Amapá (62,3%) e Tocantins (61,8%). Maranhão (60,4%) e Piauí (60,1%) – ambos no Nordeste – completam a lista das unidades da federação cuja evasão escolar no ensino médio é superior a 60%.

De acordo com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, a renda baixa é um dos elementos que contribui para a evasão escolar, mas ele diz que o problema econômico é insuficiente para explicar os níveis de abandono da escola no ensino médio. Pochmann cita que em São Paulo, o estado mais rico da federação, a taxa de abandono é de 45,6%. 'O problema da escola não é apenas de ordem econômica. A forma como a escola incorpora o aluno é outro elemento importante', afirmou.

O quadro do ensino fundamental não é muito diferente, com os estados do Norte e do Nordeste dominando as 10 últimas colocações. Neste nível escolar, o Pará apresenta a pior situação, com uma taxa de abandono por crianças de 6 a 14 anos de 12,8%. Dentre as 10 piores colocações aparece o Rio de Janeiro, com taxa de evasão de 10,8%. O Mato Grosso do Sul aparece, segundo o Ipea, como dono do menor índice de abandono no ensino fundamental – 5,6%. O estudo do Ipea utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2009 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Corpo docente – O documento do instituto chama atenção para a falta de qualificação dos professores das escolas públicas brasileiras. O número de docentes com formação superior não chega a 40% do total em estados como Roraima, Maranhão e Bahia. Apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal essa proporção ultrapassa os 80%.

'No Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), a qualificação do docente constitui um de seus pilares de sustentação, com a criação do piso salarial nacional para o professor e o estímulo e a ampliação do acesso dos educadores à universidade', afirma o estudo. No entanto, 'os baixos salários pagos em média aos docentes da educação pública têm dificultado a manutenção dos melhores profissionais nos quadros do magistério'.

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