segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A EXPRESSÃO POÉTICA DE SUZANA JÁCOME GALVÃO - NATAL/RN


Relógio vivo

Por hora sou assim
em mim um relógio latente, pulsante
daquele antigo, grande
encostado num canto da sala desgastada por lembranças

O tique-taque do relógio bombeia o sangue no meu coração
que corre numa freqüência desigual
Sem fronteira, sem destino
nesse organismo despido

no meu tempo
um retalho de erros e acertos
construído na dimensão do começar
na primeira corda de um relógio antigo.


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