terça-feira, 29 de junho de 2010

VOZ POÉTICA DE GILMAR LEITE

Entre 2:00 e 3:00 da madrugada sonhei que estava numa floresta por entre um jardim e via surgir do botão de uma flor uma linda criança sorridente. Nesse divino momento toda a floresta parava para contemplar tal beleza singular. De repente acordei, fui a geladeira e quando retornei que me deitei, o sonho veio todo na minha mente. Para não perdê-lo, liguei o micro e fiz o poema abaixo. Espero que gostem.
Abraços
Gilmar Leite
3:50 da madrugada
28/06/2010

Um Ser de Flor

Caminhei no jardim do paraíso
Onde flora a beleza da existência,
Vi a flor exalando a pura essência
Sobre a forma divina dum sorriso.
Dum pequeno botão lindo e preciso
Eclodia um Ser de singeleza,
Era Deus revelando a natureza
Duma flor perfumada de esperança,
Onde as pétalas sutis do Ser criança
Encantava a minha alma de beleza.

Eu fiquei contemplando o Ser divino
Exalando seu mundo de inocência
Os orvalhos cristais da transparência
Cintilavam no rosto pequenino.
O seu jeito delicado e cristalino
Expressava da vida a flor ternura,
Cada planta se curvava com brandura
Ofertando respeito e reverência,
Onde os galhos sutis da consciência
Tinham Deus na divina criatura.

Até mesmo o uirapuru cantador
Seresteiro que cala os outros cantos
Sobre o galho calou-se com encantos
E ficou contemplando o Ser de flor.
Na floresta formou-se um esplendor
Ao redor da divina criação.
A cascata parou sua canção
E ficou sobre a rocha adormecida,
Vendo a flor ofertando a luz da vida
Através dum divino coração.

Um sutil vaga-lume reluzente
Ofertava os fulgores à criança;
O meu peito brotava a esperança
Me deixando feliz e mais contente.
Compreendi a grandeza da semente
Quando brota e depois revela a flor.
Vi que a vida se mostra com amor
Entre os ramos floridos do carinho,
Onde o afeto constrói plácido ninho
E recebe da aurora o seu fulgor.

Gilmar Leite

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